A tragédia de Petrópolis, assim como todas as tragédias vivenciadas pela humanidade, traz inúmeras lições que em geral são difíceis de descrever. Haja vista a dor e o sofrimento de todos com o desastre, inclusive das pessoas que não estão próximas, mas sentem compaixão (sofrer com) das famílias enlutadas.
Mas diante da grande rede de solidariedade que se criou para atender as vítimas dessas tragédias, ousamos destacar algumas lições que a Igreja e o povo petropolitano nos ensinam:
Confiança em Deus:
Na dor e no sofrimento o povo petropolitano não perdeu sua fé. Muito menos blasfemaram contra Deus, ao contrário, pediram que a sua fé fosse fortalecida, buscando em Deus as forças necessárias para recomeçar.
Igreja portas abertas:
Logo no início das tragédias as famílias atingidas se deslocaram diretamente para a Igreja Santo Antônio, a mais próxima do “Morro da Oficina”, pois sabiam que ali seriam acolhidas. Na primeira noite foram 100 pessoas, depois foram mais de 200 pessoas abrigadas.
Unidade na oração:
Nas paróquias da Diocese de Petrópolis e em toda parte do Brasil, uma grande corrente de oração com vigílias e missas se destinou às vítimas da tragédia.
Igreja Serviço e Caridade:
Os padres, o bispo diocesano, seminaristas e leigos se colocaram como voluntários para acolher, atender e orientar as famílias. Ressalta Dom Gregório, bispo de Petrópolis, que “ao ver as lagrimas nas faces de seus filhos e filhas, a Igreja tem procurado, com a ajuda de muitos, prestar todo tipo de suporte possível, iluminado o vale tenebroso do medo e da morte, com a brilhante luz que emerge de Jesus Ressuscitado”.
Artigo publicado na edição de março do Jornal da Arquidiocese, pág. 05.