Infelizmente, quase um terço dos países do mundo (31,6%) sofre violações sérias na liberdade religiosa. O número de pessoas que vivem nestes países passa de 5 bilhões, já que os piores infratores incluem alguns países mais populosos do mundo.
A liberdade religiosa é um direito que todo ser humano tem de ter ou não uma religião, de mudar de religião ou crença e de viver essa religião ou crença em público ou em privado, individual ou coletivamente pela prática, ensina, culto e ritos. Esse direito está expresso no artigo 18 da Declaração das Nações Unidas. Também a Igreja Católica defende o direito à liberdade religiosa, sobretudo na declaração Dignitatis Humanae.
No total de 196 países, 62 enfrentam violações muito graves de liberdade religiosa. O número de pessoas que vivem nestes países é próximo dos 5,2 bilhões, já que os piores infratores incluem alguns dos países mais populosos do mundo (China, Índia, Paquistão, Bangladesh e Nigéria).
A Fundação Pontifícia Ajude a Igreja que Sofre (ACN) com sede no Vaticano tem por missão dar assistência à Igreja onde ela é mais carente e perseguida. O Relatório sobre liberdade Religiosa no Mundo, elaborado pela ACN, aponta que em 26 países do mundo há perseguição religiosa, o que representa 51% da população mundial. Em outros 36 países, os cristãos sofrem com discriminação, o que representa 1,24 bilhões de pessoas.
A oração é uma forma de ajudar os cristãos que são perseguidos. No mês de agosto, a ACN promove o Dia de oração pelos cristãos perseguidos, com o apoio da CNBB, que convida todas as paróquias do país a promoverem e chamar as pessoas a participarem dessa corrente em favor dos cristãos que sofrem perseguição religiosa.
Artigo publicado no Jornal da Arquidiocese de Florianópolis na edição de junho de 2023, pág. 05.